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Livros



Pois é....aranhas podem ser interessantes


Para algumas coisas é simplesmente impossível não dar atenção. Pessoalmente eu não consigo ignorar um filme de um diretor que eu gosto sendo lançado ou uma série boa estreando. E se é para colocar mais alguma coisa nessa lista, com certeza seria Neil Gaiman e qualquer coisa relacionada a ele.

Dele eu já falei um pouco no post sobre Henry Selick e “Coraline”, filme baseado num de seus livros. E a bibliografia de Gaiman (que vai desde quadrinhos até livros), tem muitos elementos recorrentes como relacionamentos familiares, formas de se encarar a morte, mitologia, etc. E mesmo com essa repetição, em nenhum momento ler algo do escritor de Sandman, “O Livro do Cemitério” e Orquídea Negra se torne chato ou passa uma sensação de deja vu.


E é para falar de “Os Filhos de Anansi” que Gaiman deve ser citado junto com toda sua importância como um dos grandes autores de sua geração. A história do livro segue a velha fórmula do protagonista (Charles Nancy) que não quer ser o herói de coisa nenhuma, mas que depois da morte do pai e do aparecimento surpresa de um irmão que nem sabia que tinha, ele vai ter que se entender com empresários corruptos, medo de contar em público e deuses africanos (?).

Ok, tá muito chamada de Sessão da Tarde, mas o britânico consegue transformar essa viagem de ácido numa narrativa que te faz passar pelas páginas e chegar ao final com um gosto de quero mais.

É usando um assunto que domina completamente que Gaiman consegue criar os personagens mais cativantes. Ainda que seja um loser com complexo de inferioridade com um irmão mil vezes mais fodão e um pai que por acaso é um deus-aranha tribal, Fat Charlie (apelido de infância que persegue nosso “herói”) não diminui no decorrer da história. Muito pelo contrário, e quando tem que enfrentar seus problemas e inseguranças que o personagem mostra realmente quem é O cara em “Os Filhos de Anansi”. Ou seja: aquele velho esquema de superação e crescimento que já foi visto milhares de vezes, e que na mão de qualquer outra pessoa daria em algo que nem mereceria atenção; não é o caso aqui.

Então, se você tem estado sem sugestões para bons livros ultimamente, aposte em “Os Filhos de Anansi” que não há chance de arrependimento. Melhor ainda: aposte em qualquer coisa com Neil Gaiman na capa, porque o resultado vai ser o mesmo.

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