RSS
Este blog é para todos aqueles que quiserem compartilhar boas formas de lazer e entretenimento, desde cinema e séries até quadrinhos e esportes. Sugestões serão sempre bem-vindas e incentivadas.

Esportes- Copa do Mundo


O novo campeão

O 1º título mundial da Espanha levou muito tempo para chegar, mas quando chegou foi num momento extremamente merecido de puro encantamento técnico. Essa, sem questionamentos, é a melhor geração do futebol espanhol (Casillas, Piqué, Xavi, Iniesta, Fábregas, D.Villa...) e capaz de executar um estilo de jogo bem plástico e bonito à la brasileira (como o Brasil renegou suas origens com um futebol tã burocrático, coube a Espanha jogar um futebol que saltasse aos olhos).

Esse estilo de jogo espanhol chama a atenção por tantas qualidades que se sobressaiem: posse de bola, movimentação intensa dos jogadores, dinâmica de troca de posições, compactação dos setores, verticalização e velocidade das jogadas ofensivas e qualidade individual e criatividade de jogadores como Iniesta e Xavi. Até o sistema defensivo que poderia ser apontado como um defeit, mostrou-se consistente na Copa (sofreu apenas 2 gols) a partir do entrosamento dos defensores, principalmente as grandes atuações de G. Piqué, um zagueiro que vem evoluindo e esbanjando eficiência, e Casillas, um dos melhores goleiros do mundo.

A deficiência dessa equipe conseguiu ser amenizada: a definição das jogadas. Esse problema se deu devido a uma demora para se finalizar (raros foram os arremates de fora da área) e um poder de decisão mais enfraquecido pela má fase de F.Torres. E foi a partir do volume de jogo superior aos adversários e da perfomance de D.Villa, a Espanha contornou essa questão.

Excetuando o tropeço surpreendente contra a Suíça, a campanha espanhola foi irretocável e coroada na final contra a Holanda. A Espanha impôs a sua forma de jogar desde o início do jogo e venceu somente na prorrogação em função de violento estilo de jogo empregado pelos holandeses.

A Espanha provou, então, que é possível jogar bonito e vencer. Agora só nos resta esperar que nos próximos 4 anos até a Copa do Brasil de 2014 outras seleções se inspirem no atual futebol espanhol.



Terceiro Vice- Campeonato

Antes da Copa de 2010, a Holanda já havia conquistado o vice-campeonato em 2 ocasiões: em 1974 perdendo para a Alemanha e em 1978 perdendo para a Argentina. Tendo essas duas lembranças na mente, os holandeses buscaram uma nova estratégia para tentar o inédito título: o pragmatismo. Uma forma de jogar que não necessariamente era o ideal, pois ela havia mostrado com uma classificação tranquila nas Eliminatórias e belas atuações em amistosos que poderia jogar de maneira mais bonita.

Não se pode negar, entretanto, que o modo como a Holanda se comportou mostrou uma grande eficiência. Não foram vitórias das mais encantadoras do ponto de vista plástico, mas foram seguras e bem contruídas (ressalvas aos jogos contra Eslováquia e Uruguai). É verdade também que esse estilo limitou todo o talento de jogadores como Robben e Sneijder, embora tais jogadores conseguiram se destacar individualmente.

A decisão contra a Espanha foi uma exceção e contradição diante de tudo que a seleção holandesa vinha apresentando. A Holanda não conseguiu praticar o seu estilo de jogo e como se viu envolvida pela Espanha teve que apelar para faltas para tentar equilibrar a partida. Essa estratégia não funcionou completamente e a derrota foi inevitável.

A mudança de estilo da Laranja Mecânica (o jogo mais aberto de gerações como Van Basten e Bergkamp para o pragmatismo de hoje) não garante o título, não há uma cartilha de regras a serem seguidas para ganhar a Copa do Mundo. Ainda se continuar jogando dessa maneira, a Holanda é em potencial a única seleção não campeã com mais chances de alcançar o inédito título.


Obrigado, Boateng!

O agradecimento acima é feita ao jogador ganês que, na decisão da Copa da Inglaterra entre Chelsea e Portsmouth, lesionou Michael Ballack. O até então capitão da seleção alemã foi cortado da Copa e isso permitiu com que víssemos na África uma Alemanha privilegiando o talento e jogo bonito.

A ausência de Ballack deu aos germânicos a possibilidade de montar uma equipe jovem, tecnicamente talentosa, dinâmica e veloz. O meio-de-campo formado por Schweinsteiger, Khedira, Ozil, Muller e Podolski, em nenhum momento, sentiu a falta do badalado astro agora do Bayer Leverkusen.

Essa geração de grande nível técnico, é verdade, encontrou algumas irregularidades pelo caminho. A derrota contra a Sérvia na 2ª rodada é aquele tropeço normal que qualquer seleção está sujeita a ter e a eliminação para a Espanha na semi-final foi diante de uma seleção também de grandes valores técnicos e a melhor dentro da competição. A vitória na disputa pelo 3º lugar contra o Uruguai, ao menos, entregou um prêmio de consolação aos alemães.

Muitos desses jogadores por ainda serem jovens com certeza vão estar presentes na Copa do Brasil em 2014. O elenco de Muller, Ozil, Podolski, Lahm... esarão mais entrosados do que nessa última Copa e prometendo alcançar o seu tetracampeonato.


A volta da Celeste

Foi extremamente positivo ver o Uruguai retornar à categoria de uma das quatro melhores seleções do mundo numa Copa. A derrota para a Alemanha na disputa pelo 3º lugar poderia dar um sabor amargo à campanha uruguaia, mas de forma nehuma diminui a importância do feito dos jogadores uruguaios.

O começo não foi dos melhores. O confronto na estreia contra a França reduziu a esperança de muitas pessoas quanto ao que a Celeste Olímpica poderia produzir no torneio. Mas, a partir do momento em que Forlán chamou a responsabilidade para si e liderou seus companheiros, sua seleção cresceu muito de produção e proporcionou grandes atuações. Vale ressaltar também os belos desempenhos de Lugano, Fucile e Luis Suaréz.

E como falar do Uruguai sem mencionar a sua já típica garra! Foi ela que o ajudou a passar de um grupo complicado composto por África do Sul, França e México e travar partidas equilibradíssimas contra Holanda e Alemanha.

Torcemos agora para que essa grande campanha não se perca na história, mas pelo contrário, dê muitos frutos e inicie outros excelentes trabalhos não só para a seleção uruguaia em outras competições internacionais, mas também ajude a trazer de volta os times uruguaios como Nacional e Peñarol ao cenário de destaque do futebol mundial.


0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright 2009 DE TUDO UM POUCO. All rights reserved.
Free WordPress Themes Presented by EZwpthemes.
Bloggerized by Miss Dothy