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Este blog é para todos aqueles que quiserem compartilhar boas formas de lazer e entretenimento, desde cinema e séries até quadrinhos e esportes. Sugestões serão sempre bem-vindas e incentivadas.

Toy Story 3



Uma coisa que eu sempre detestei quando se fala de cinema é esse estigma que muitas pessoas sustentam de que animações são coisa de criança. O pior é que procuram jogar todos os tipos de filmes desse gênero num mesmo saco e simplesmente vender como aquilo que você vai ter de aguentar algumas horas vendo, talvez nem achando tão insuportável assim, e o seu filho vai se divertir horrores assistindo. Se é assim, tenta colocar um moleque de 8 anos para ver “Akira” e vê se ele vai gostar.

Pode-se dizer que muita gente pensa assim porque realmente as produções de animação que chegam ao grande público são um entretenimento leve e meio bobo? Talvez, mas seria de mais dizer que isso vale para todos os casos.

A Pixar é o maior exemplo de que filmes com excelentes roteiros, personagens carismáticos e histórias emocionantes a ponto de te fazerem chorar são possíveis mesmo sem atores de carne e osso na frente de câmeras. O estúdio, hoje parte da Disney, iniciou sua caminhada nas telas em 1995 com o primeiro “Toy Story” e daí em diante seguiu com um currículo irretocável de filmes incríveis . E quando falo isso não quero dizer “filmes de animação infantil incríveis”, e sim simplesmente filmes excelentes, sem restrições ou distinções.

E nada mais próprio esse ano do que um pequeno post em homenagem não só a Pixar (que praticamente fez minha infância) mas também à franquia “Toy Story” que se encerrou nesse mês de Junho com seu terceiro filme.


Foi muito estranho para mim, assistir a um novo Toy Story depois de tanto tempo. Vi os dois anteriores várias vezes, mas nem lembro a última vez que ouvi um “Ao Infinito e Além !” antes dessa última semana. A estranheza veio primeiro do meu medo de, justamente após anos, achar que a menina dos olhos da Pixar não seria nada mais que um filminho divertido aos olhos de quem cresceu e está velho demais para esse tipo de coisa, e em segundo teve a surpresa de me ver me divertindo como a muito não acontecia com um filme. E “Toy Story 3” é uma obra de arte por isso.

Na história, Andy está indo para faculdade e tem que decidir o que fazer com o todos os brinquedos que ainda tem guardado desde criança no seu baú. Acaba que na arrumação para a viagem Woody, Buzz e cia. acabam indo parar na creche Sunnyside, onde são muito bem recebidos pelo urso de pelúcia Lotso. Porém, não demora muito para eles perceberem que Sunnyside não é o paraíso que aparenta e Woody mais uma vez precisa ajudar seus amigos a reencontrar seu verdadeiro dono.

E é fácil assim: “Toy Story 3” não deve nada como filme porque tudo que ele precisa para ser incrível do mesmo jeito que qualquer outra produção Pixar Animation Studios ele tem. O curta metragem “Dia&Noite” que antecede a produção é incrível pela maneira como consegue misturar técnicas tradicionais de animação 2D com o CGI, além de ser quase poética em certos momentos, tudo com uma simplicidade que faz saltar aos olhos. O roteiro é maravilhoso, toda o plano para escapar da creche no final do filme é algo digno de Coringa em “Batman: Cavaleiro das Trevas”. Os personagens, tanto os antigos quanto os novos, são muito bem trabalhados (algo incrível pelo fato de serem tantos) e tanto na história como em suas personalidades (o Ken e a Barbie são de chorar de rir sempre que aparecem).

Como se tudo isso não bastasse, ainda é inevitável ficar com os olhos marejados ao final do filme. Se “Up – Altas Aventuras” te derrubava logo nos minutos iniciais, “Toy Story 3” espera para fazer isso com um final perfeito e muito justo para quem estava lá, desde 95, vendo um vaqueiro se encontrando pela primeira vez com um astronauta bizarro.

Então eu só posso dizer que, se minha recomendação vale de alguma coisa, vá ao cinema (3D ou não), pague o ingresso (meia ou inteira), leve as crianças, namoradas, amantes, etc. Vai valer cada minuto e centavo gastos porque independente se você tiver 3, 30 ou 300 anos, a Pixar vai conseguir te fazer se sentir como se não precisasse se preocupar com um simples detalhe como idade.


Contra tudo e contra todos


Aproveitando a estreia na rede Telecine de Guerra ao Terror, nada melhor que refletir um pouco sobre o filme, que além de competir pela atenção do público com megaproduções como Avatar, também enfrentou muitas desconfianças.

Essa produção independente enfrentou um inusitado percurso até chegar às nossas televisões. O mercado cinematográfico brasileiro, não acreditando no potencial dessa obra, levou-a diretamente para o formato DVD. Porém, vendo o seu sucesso com indicações importantes ao Oscar (melhor filme e melhor roteiro original, por exemplo), o erro foi corrigido trazendo-a para os nossos cinemas e para às vistas de um maior público. Ainda bem!

Para os fãs de filmes recheados de tensão, esta é uma grande pedida. O tipo de conflito presente no Iraque mantém um clima de adrenalina constante, uma vez que todos os elementos urbanos representam perigo para as tropas norte-americanas: o lixo, o parapeito das janelas... Além disso, a direção de num formato documental de Kathryn Bigelow próxima da ação e a montagem dinâmica que imprime energia à narrativa reforçam ainda mais a tensão permanente.

A diretora Kathryn Bigelow também estrutura a sua obra para traçar sua visão anti-belicista da Guerra do Iraque. Ela constrói passagens (como a cena do taxista) para criticar como a postura hostil dos militares dos EUA frente à população local cria os seus próprios inimigos. É nesse momento que o Sargento William James (Jeremy Renner) destila uma das melhores frases do filme: "Bom, se ele não era um insurgente, agora é."

Algumas participações especiais ainda acrescentam diferentes facetas da guerra: o Sargento de Guy Pearce simboliza uma determinação corajosa junto às suas missões, o Coronel de David Morse representa a crueldade dos militares que se divertem com tantas mortes e Ralph Fiennes indica os interesses mercenários também presentes nos conflitos.

Aliás, por falar em guerras, é interessante notar os efeitos que elas acarretam sobre os homens. A proximidade da morte acaba atingindo de variadas formas os três personagens principais: o especialista Owen Eldridge (Brian Geraghty) coloca-se com uma postura altamente pessimista e paranóica diante do fim ("No fim das contas, se você está no Iraque, está morto."); o Sargento JT Sanborn (Anthony Mackie, que merecia uma indicação ao Oscar) assume uma postura reflexiva, questionando-se se deixou algo de que se orgulhe para trás; o Sargento William James (Jeremy Renner) mostra sua impetuosidade e irresponsabilidade despreocupada ao se deparar com os ricos de seu posto.

E o próprio William James/Jeremy Renner por muitos instantes consegue o feito de se sobressair ainda mais num longa tão bem elaborado. Esse personagem, muito bem apresentado pelo ator, é extremamente complexo e cheio de nuançes: o militar preocupado com seus companheiros; envolvido de corpo e alma no seu trabalho, não pensando duas vezes em entrar em situações perigosas; a pessoa que ainda possui sentimentos mesmo diante dos horrores da guerra (o garoto Beckham está aí pra isso); e o indivíduo que depende daquele ambiente belicoso para encontrar significado para a sua vida (a cena no supermecado, tão cotidiana, reforça como essa vida comum não combina nem um pouco com ele).

Enfim, para aqueles que torciam por Avatar no Oscar, vai o recado: Guerra ao Terror é cinema em todos os sentidos e mais do que merecedor de suas 6 estatuetas: filme, direção, roteiro original, montagem, edição de som e mixagem de som.

Nota: 8


Esportes- 2ª rodada da Copa do Mundo

A Jabulani agradece

A bola do Mundial da África finalmente começa a sorrir. A média de gols dessa segunda rodada, felizmente, subiu de 1,5 para 2,6 por jogo. Também pudemos acompanhar partidas mais abertas e melhores (Eslovênia2X2EUA, Argentina4X1Coréia do Sul, Camarões1X2Dinamarca, por exemplo) e com seleções mais interessadas em conquistar as vitórias do que em não arriscar sofrer uma derrota. Essa mudança se deveu a necessidade das equipes de, se almejassem bons resultados, jogarem mais ofensivamente. Claro que foi possível ocorrer algumas exceções, como o terrível jogo Inglaterra0X0Argélia.

Outro fator responsável pela melhora da qualidade das partidas foi a velocidade utilizada na realização das jogadas. Ao invés de lances cada vez mais cadenciados e presos na faixa central do campo, tivemos uma estratégia de maior rapidez explorando as laterais.

Além disso, essa Copa vem demonstrando alguns aspectos táticos interessantes. Ter uma maior porcentagem de posse de bola não significa, necessariamente, facilidade dentro do jogo até porque seleções que controlam a bola estão enfrentando dificuldades para furar defesas bem postadas (A Espanha vem sentindo esse problema, assim como a Argentina no primeiro tempo contra a Coréia do Sul). Também se deve notar que é nos contra-ataques que algumas equipes conseguem trabalhar melhor suas jogadas.

Um outro elemento tático é a recorrência de um mesmo esquema para muitas seleções: o 4-2-3-1 (a linha normal de quatro defensores, dois volantes e uma linha mais móvel de três jogadores atrás do atacante mais fixo). Esse sistema pode ser visto, por exemplo, no Brasil, Holanda, Alemanha, Portugal, França e no último jogo também na Espanha.

Analisando, agora, a situação das principais seleções desse Mundial vemos claras diferenças. A Argentina é aquela com maior regularidade e melhores atuações, apesar de uma defesa nem um pouco confiável; o Brasil mostrou evolução no jogo contra Costa do Marfim e convenceu; A Holanda teve vitórias seguras, apesar de não empolgar; a Espanha conquistou sua primeira vitória contra Honduras e ainda está abaixo do seu melhor futebol; a Alemanha mesmo tendo perdido para a Sérvia, vem jogando bem e deve se classificar em primeiro lugar do seu grupo; Portugal, depois de uma estreia difícil contra Costa do Marfim, fez a sua parte ao golear a Coréia do Norte; Itália e Inglaterra ainda não jogaram bem e se complicaram em seus grupos; e a França está na pior situação, por ter feito partidas sofríveis e estar numa das chaves mais difíceis da competição.

Resultados:

Grupo A
África do Sul0X3Uruguai
França0X2México

Grupo B
Argentina4X1Coréia do Sul
Grécia2X1Nigéria

Grupo C
Eslovênia2X2EUA
Inglaterra0X0Argélia

Grupo D
Alemanha0X1Sérvia
Gana1X1Austrália

Grupo E
Holanda1X0Japão
Camarões1X2Dinamarca

Grupo F
Eslováquia0X2Paraguai
Itália1X1N.Zelândia

Grupo G
Brasil3X1Costa do Marfim
Portugal7X0Coréia do Norte

Grupo H
Chile1X0Suíça
Espanha2X0Honduras
Séries- Seinfeld

SERENITY NOW!!!


O gênero sitcom é um dos mais populares entre as séries de televisão nesses últimos anos. Pegando dos anos noventa para cá podemos destacar como grandes sucessos de audiência o fenômeno que foi “Friends”, em menor escala “Two and a Half Men” e mais recentemente “The Big Bang Theory”. Não é preciso procurar muito para achar uma pessoa que no mínimo do mínimo nunca tenha houvido falar de um desses exemplos.

As tais comédias de situação (situation comedy=sitcom), no entanto, vão muito além desses representantes mais famosos. Nos longínquos e úmidos confins do espaço tempo já vemos surgindo coisas como “Um Maluco no Pedaço”, “Alfie, o Eteimoso” e “Arnold”. Até uma produção nacional para sitcoms existe já a um tempo com “A Grande Família” e “Os Normais”. Tudo isso e muito mais, serve para demonstrar que o humor dos seriados para TV já vem se desenvolvendo de muito tempo.

Durante décadas viu-se muitos altos e baixos para as sitcoms. Já se apelou para várias temáticas distintas como família, grupo de amigos, ambientações em hospitais, escolas, etc. Mas, quando se fala de qualidade, se pode-se destacar um auge, esse ponto alto é Seinfield.
Falando de entretenimento, ou algum tipo de produção cultural, sempre existem trabalhos que se propõem a alguma coisa. Tem filmes que são feitos para refletir ou só por pura diversão. Há seriados descompromissados e pouco pretensiosos e também há aqueles com uma trama complexa e grandes interrogações até o fim. Qual é a ideia em Seinfield? Simples: ser um “programa sobre nada” (não fui eu quem disse, mas os próprios produtores).

Só isso? É, só isso. Sem histórias complexas, conflitos, romances dignos de novela ou invasões alienígenas. Seinfield é um programa que consegue ser incrível “só” por causa de bons personagens e bons roteiros.
Apesar de não poder discordar da definição principal (a série é realmente sobre nada), acho que vale dizer que, se tem algo além dos protagonistas e da interação entre eles e as situações de cada episódio, essa coisa é somente uma: escrotidão.

Você nunca vai encontrar pessoas tão escrotas em situações merecedoras do mesmo adjetivo quanto em Seinfield. Não é escroto no sentido “gente má fazendo coisas ruins”. Mas sim pessoas comuns sendo detestáveis do jeito que as pessoas o são na vida real e o pior é que não tem como não adorar isso. Na série você não vai encontrar gente bonita e sorridente fazendo tudo por um mundo melhor. O máximo que vai achar é um baixinho gordo e careca que consegue ser estupidamente engraçado de tão ridículo e idiota que é.

Os personagens principais são baseados nos próprios idealizadores da série ou em pessoas com que eles já conviveram. Então temos o comediante Jerry Seinfield (co-criador e co-produtor da série) interpretando a si mesmo, George Constanza representando o também produtor Larry David (do programa Curb Your Enthusiasm), Eleine Benes sendo uma espécie de fusão de ex-namoradas dos dois primeiros e Cosmo Kramer como a representação perfeita do vizinho chato, inconveniente e um dos mais surtados e nonsense de toda a história do programa. Há ainda outros destaques hilários como os pais de George (Estelle e Frank) e o Newman, o vizinho/carteiro/psicopata em potencial de Jerry.

Se não há história propriamente dita é porque não existe necessidade de uma. As coisas vão acontecendo, os fatos vão se desenvolvendo e no final você fica de boca aberta por ver como tudo terminou da maneira mais bizarra e improvável possível.

Em entrevistas, Seinfield e David disseram que a ideia principal deles com a série era criar um programa de que as pessoas fossem falar no dia seguinte ao parar no bebedouro do trabalho para conversar. Não sei se eles conseguiram exatamente isso mas é indiscutível que acabaram criando um fenômeno na televisão que já deve ter gerado muitas conversas além de qualquer bebedouro. Seinfield é muito mais válida de ser assistida do que ser resumida ou explicada porque fazer isso perde um pouco de sentido: falar sobre nada é complicado.

Seinfield tem 9 temporadas, exibidas de 1989 à 1998, todas disponíveis em DVD (dê uma chance).

Voltando das Cinzas



É muito bizarro como algumas coisas simplesmente ressurgem do nada. Não sei se alguma filosofia de boteco à la Rei Leão sobre um ciclo sem fim de volta para o começo ou alguma besteira do tipo explica, mas parece que isso meio que está acontecendo com Mortal Kombat nessa última semana.

Tudo começou com um vídeo de mais ou menos 7 minutos circulando na Internet que seria uma espécie de teaser trailer gigante para um próximo filme da franquia. Na hora ninguém sabia direito o que era aquilo, mas isso não impediu que os fãs das série de games ficassem enlouquecidos pelo nível de fodacidade e potencial de fazer sua cabeça explodir daqueles breves 7 minutos. Depois ficou-se sabendo que o vídeo era um projeto do cineasta Kevin Tancharoen, que mandou o triler/teaser/micro-filme/qualquer coisa para a Waarner (detentora dos direitos de Mortal Kombat), como uma proposta de reviver a série nos cinemas (fonte: http://www.interney.net/blogs/melhoresdomundo). Fato é que, coincidência ou não, um ou dois dias depois de todo esse hype criado pelo vídeo, a Warner libera o trailer do novo jogo de Mortal Kombat (espetacular por sinal), previsto para 2011, e mostrando tudo o que se pode querer da franquia: violência, violência e fatalities (que não deixa de ser um sinônimo para violência). Ao que parece, depois de anos de marasmo para o torneio do OutWorld, teremos um retorno triunfal para Liu Kang e cia.

* * *
Acho que não é muita besteira falar que hoje as pessoas que (ainda) gostam de Mortal Kombat são aquelas que já acompanham os jogos a um certo tempo. A proposta de um game de luta com temática mais adulta e violenta pode ter tido seu mérito e garantido o sucesso há mais de 20 anos e uma certa sobrevida até agora. No entanto, não dá para dizer que M.K. seja muito mais que fatálities, animalities, friendships e sangue escorrendo pela televisão. Enquanto a concorrência evoluía cada vez mais a mecânica dos games de luta com Street Fighters, Soul Edges e Super Smash Bros., o maior êxito da desenvolvedora Midway só conseguiu envelhecer mal com o passar dos anos apesar de algumas tentativas de se renovar com M. K.: Shaolin Monks e Mortal Kombat vs Universe DC.

Nas de cinema e televisão já teve muita coisa também. Desde os dois filmes (mais conhecidos), até série de televisão (com o Kung Lao, lembra?) e animações. Tudo variando do razoável (com muita, muita boa vontade) ao horrível, mas se esse teste beta de um recomeço da série realmente vingar, eu não posso dizer que não tenho expectativa.

* * *
Falando do vídeo, não dá para dizer que é uma maravilha de história, nem que tem muita originalidade. Mas parece que, se há uma estratégia nesse lance todo, a aposta está sendo voltar às bases da série. Ou seja: lutas de explodir cabeças, personagens legais/bizarros e muita violência (eu já disse isso né?). E esse mini-filme tem tudo isso, mesmo que ele proponha algo mais pé no chão sem toda a parte fantasiosa de OutWorld ou ninjas multicoloridos ,o diretor foi muito respeitoso com a franquia e com os fãs e eu realmente espero que ele tenha a chance de fazer algo tão impressionante quanto o prometido.

Talvez a questão das mudanças tanto na história quanto nos personagens seja realmente necessária. A própria reação positiva de quem assistiu já diz que devem ser poucos aqueles não aceitam M. K. de outra forma que não seja a do início. Vendo desse lado, eu posso levar numa boa o Baraka com dred lock, o Reptile com a doença de pele bizarra ou o velho plot do “torneio underground juntando os homens mais mortais da terra”. Para mim, tudo isso está ótimo, desde que façam algo legal com isso, o que já se provou possível com o próprio vídeo.

Então, se você gostava dos games, do filme tosco (o primeiro tudo bem, o segundo já é forçar demais), parece que a partir de 2011 vamos ter muito mais coisas interessantes sobre Mortal Kombat, de preferência da maneira que todos esperamos.

OBS1: Os vídeos do projeto do cineasta Kevin Tancharoen e do novo jogo do Mortal Kombat estão na Barra de Vídeo.

OBS2: Por favor, comentem mais os posts e façam sugestões de temas de pauta.

Esportes- 1ª rodada da Copa do Mundo

Coitada da Jabulani

Antes do início da Copa, muitos jogadores usaram vários termos para criticar a Jabulani, bola fabricada pela Adidas para o Mundial da África ("bola de supermecado", "sobrenatural", por exemplo). Porém, após os primeiros jogos quem tem motivos para reclamar de alguma coisa é a nossa querida Jabulani.

A primeira rodada teve a pior média de gols da história das Copas (1,5 gols por jogos), jogos muitos truncados com poucas emoções (Argélia0X1Eslovênia, França0X0Uruguai, Japão1X0Camarões e Nova Zelândia1X1Eslováquia não fazem falta nenhuma ao torneio) e equipes muito mais preocupadas em não perder, se fechando em suas defesas para tentar algo no contra-ataque, como a Dinamarca e o Paraguai.

Outra marca, no geral, desses 16 jogos iniciais foi a falta de um meia articulador das jogadas, cerebral e criativo capaz de um improviso e de liderar sua equipe. Nessa situação, houve o México trabalhando pelos lados do campo, mas sem um organizador mais centralizado e a Inglaterra, que se ressentiu das atuações apagadas de Frank Lampard e Steven Gerrard. Contudo, isso não foi regra: a Argentina contou com bons momentos armados por um Lionel Messi vindo de trás, a Holanda teve bons lampejos de Wesley Sneijder e, principalmente, a grande atuação da Alemanha com destaque para a revelação Mesut Özil.

Agora, tratando da atuação das potências houve alguma variedade: A Alemanha apresentou o melhor desempenho entre todas as seleções, Argentina e Holanda reuniram altos e baixos, Itália, Brasil, Inglaterra e Portugal ainda precisam de um algo a mais e, por isso, vem num nível abaixo e a França... melhor nem comentar. Já a Espanha foi algo único: até jogou bem, pressionou o tempo inteiro a Suíça (que vale a pena lembrar como é forte a sua defesa, não leva gols em Copa há mais de 8 horas) e cedeu espaços para o contra-ataque suíço, aproveitados para construir a vitória.

Bem, vamos esperar a segunda rodada para ver jogos mais abertos e a média de gols subir.

Resultados:

Grupo A
África do Sul1X1México
Uruguai0X0França

Grupo B
Argentina1X0Nigéria
Coréia do Sul2X0Grécia

Grupo C
Inglaterra1X1EUA
Argélia0X1Eslovênia

Grupo D
Sérvia0X1Gana
Alemanha4X0Austrália

Grupo E
Holanda2X0Dinamarca
Japão1X0Camarões

Grupo F
Itália1X1Paraguai
N.Zelândia1X1Eslováquia

Grupo G
C.Marfim0X0Portugal
Brasil2X1Coréia do Norte

Grupo H
Honduras0X1Chile
Espanha0X1Suíça


Séries- Heroes

Como fã de Heroes, agradeço o seu cancelamento

Aproveito que o Universal Channel está reprisando a 4ª e última temporada de Heroes para me propor duas missões: explicar o aparente título contaditório acima e tentar convencer aqueles que não assistiram aos mais recentes episódios... a continuar sem assistir!

A primeira missão julgo ser mais fácil. Para isso, é preciso entender como esse seriado que começou tão bem e conquistou um número considerável de fãs, caiu vertiginosamente de qualidade a tal ponto que não houve outra alternativa a não ser o cancelamento.

A 1ª temporada se iniciou de maneira interessante prometendo um enredo bem amarrado e atraente: pessoas tendo que lidar que com a descoberta de seus super-poderes, a união heróica de personagens com poderes especiais em prol de um objetivo comum (salvar NY de uma tragédia futura) e ligada a esse aspecto, a estrutura narrativa baseada em viagens no tempo empregada sem excessos, as questões sobre a misteriosa Companhia e o vilão Sylar, interpretado por Zachary Quinto, muito bem desenvolvido e rendendo ótimas cenas à la vilão da Disney. Apessar disso, alguns defeitos impediram um maior sucesso: efeitos visuais de menor requinte (olha o eufemismo!) e algumas cenas de ação tão rápidas e instantâneas que chegavam a ser brochantes.

Nas 2ª e 3ª temporadas, porém, o ritmo foi por água abaixo com a manutenção de velhos erros (os efeitos especiais e as cenas de ação) e a chegada de novos erros. Esses últimos erros, no geral, foram se mantendo até o fim e foram a escolha de histórias nem um pouco atrativas, pelo contrário, totalmente perdidas, personagens permanentes transformados em caricaturas ridículas (alguém falou na versão infantilóide de Hiro Nakamura?) e a entrada de novos personagens que não acrescentaram nada (Maya Herrera e Monica Dawson dixem muito sobre isso, não acham?).

Depois de duas temporadas ruins, o lógico seria cancelar uma produção que prometia uma trama sólida, mas, na verdade, se afundou em níveis negativos. Mas, contrariando as expectativas, foi confirmado o quarto ano da série.

Esse quarto ano, então, foi um balaio de gatos sem fim: nossos supostos "heróis" praticamente isolados uns dos outro sem qualquer integração e enfrentando suas crises existencialistas tão bobinhas (Sylar preocupado com a solidão e bancando o herói chegou a dar ânsia de vômito) e uma trama completamente sem sentido, enrolada e que somente nos últimos momentos pode-se entender uma história chatíssima e dispensável. Fiquei tão impressionado negativamente que nem assisti o último episódio. Será que algum dia eu verei para saber qual final ruim deram a quarta temporada? Tenho lá minhas dúvidas!

Posso agora explicar o porquê do título. O cancelamento de Heroes quase chegou num momento em que eu não me lembraria mais que esse seriado foi bom num dia longínquo da história. Ainda que bem consigo me lembrar com nostalgia daqueles tempos que não voltam mais.

Ah! A minha segunda missão! Quase ia me esquecendo. Não tenho a pretensão de determinar o que as pessoas verão ou deixarão de ver, mas posso, ao menos, dar um conselho: para aqueles que não viram, façam outra coisa, saiam com os amigos, se divirtam de outras maneiras porque Heroes não diverte mais.

OBS: Os produtores da série estão tentando levar ao ar um episódio que fecharia por completo a série, mesmo com o cancelamento. Será que é preciso todo esse esforço? Volto a repetir: tenho lá minhas dúvidas!

Mais um pra fila dos estragados


Acho que um dos hábitos mais sem sentido que eu sustento até hoje é ficar mega empolgado quando o mês de Maio chega. O começo da temporada de blockbusters se resume a eu cheio de expectativa pelos trailers dos filmes que iam estrear em poucas semanas, o fim era um gosto meio amargo na boca pela maioria de filmes maios ou menos que eu me forcei a ver nos últimos meses.

Meio que não adianta mesmo, é sempre assim. O pior é que a exceção desse ano, aquele filme realmente legal que te faz sair do cinema com um sorriso no rosto (todo ano tem um ou dois), foi logo a primeira a sair. Aí, depois de “Homem de Ferro 2” tivemos o que? Em “Alice no País das Maravilhas” substituíram o Tim Burton por um clone do mal que queria escrotizar quem era fã da carreira do cara. “Fúria de Titãs” já tem crítica no blog e eu não ia aguentar falar disso de novo, ainda estou me recuperando. “Sex and the City 2” passou longe por mim felizmente. De “Robin Hood” nem dá para falar porque nem assistir eu fiz. Aí chegamos a “Príncipe da Pérsia”...(suspiro)

Assim como para todos os filmes desses meses do ano, fui ver “Príncipe da Pérsia” com a melhor das vontades, sério mesmo. Sabia que não ia ter uma obra-prima da sétima arte e nem queria isso, só um pouco de diversão por algumas horas serviam para mim, mas nem desse jeito o filme desceu.
(naquela época era bem mais legal)

Com os nomes Disney e Jerry Bruckheimer no meio da produção, é óbvio que todo o lance de “quero ser Piratas do Caribe” está presente, e muito. Talvez isso nem seja a maior falha, apesar de não ter um Johnny Depp para cativar a plateia. A falha é não ter um personagem carismático.

O Dastan até que poderia ser pior. Jake Gyllenhaal não convence muito como príncipe malandro (não acredito que usei mesmo essa palavra) sempre com um meio sorriso na boca, mas não chega a ser galhofa como o empresário de avestruzes (???) interpretado por Alfred Molina, esse eu tenho certeza que só aceitou entrar no elenco porque estava precisando de uma grana para reformar o banheiro. Gemma Arterton fica na mesma de Gyllenhaal, formando com ele o casal mais punheta eterna da história do cinema. Nunca joguei a trilogia de games que inspira a história do filme, mas sempre escutei que o relacionamento de Dastan com Tamina era um dos pontos altos do primeiro jogo, com diálogos muito engraçados entre bons personagens (ah...se eu tivesse visto um filme assim).

A história é simples, até aí tudo bem. Mais se inspirando do que se baseando na franquia da Ubisoft, colocaram lá as areias do tempo, a adaga do tempo e um casal do barulho (leia-se: boring) se metendo em altas confusões. Tudo começa quando Dastan invade a cidade da princesa Tamina, sob suspeitas desta estar fabricando armas para os inimigos da Pérsia, e acaba ficando com a adaga do tempo, artefato sagrado que estava sendo guardado na cidade. A partir daí temos Dastan junto da princesa correndo para devolver a adaga ao seu devido lugar ao mesmo tempo que tenta acabar com os planos de seu tio Nizam para controlar o Império.

Não é a melhor das sinopses, mas coisas piores já deram filmes legais (alguém aí já viu Gremlins?). Mas o roteiro faz o espectador se sentir um idiota por ficar repetindo várias e várias coisas sem necessidade alguma. Por exemplo: quando Dastan usa a adaga pela primeira vez ele volta no tempo umas três vezes seguidas, mesmo assim ainda são mais quatro frases com ele dizendo o que acabou de fazer. Me senti meio incomodado com essa aparente necessidade de mostrar os personagens falando tudo o que estão fazendo ou fizeram.

As cenas de ação até que são divertidas, mas nem são tantas para que se esqueça o roteiro frustrante e se possa assistir ao filme como se fosse um videoclip estendido (se bem que com “Fúria de Titãs” foi assim e não deu certo). Não sei se ano que vem eu vou aprender com exemplos como esse, mas espero estar mais preparado quando for me encontrar com algo assim no futuro. Acho que a melhor sugestão é esperar o DVD de “Homem de Ferro 2”.


Esportes

Copa na África? Então, o título fica com o Brasil ou a Argentina.

Calma! Calma! Não tenho a pretensão de ser um vidente ou de dizer que as outras seleções não têm chances de conquistar a Copa do Mundo. Apenas olhando as estatísticas desse torneio, tenho uma tese de que o título acima pode realmente ocorrer.

Explicando a minha tese: em Copas do Mundo disputadas fora da Europa, nenhuma seleção européia, por enquanto, conquistou o caneco. Já houve 7 edições em que tais resultados se confirmaram: em 1930, no Uruguai, os anfitriões sagraram-se campeões; em 1950, no Brasil, os uruguaios chegaram ao bicampeonato; em 1962, no Chile, o Brasil obteve seu primeiro título; em 1970, no México, a seleção canarinho foi bicampeã; em 1978, na Argentina, os hermanos foram campeões; em 1986, no México novamente, a Argentina alcançou o bicampeonato; em 1994, nos EUA, atingimos o tetracampeonato; e em 2002, no Japão e na Coréia do Sul, o Brasil foi a primeira seleção pentacampeã.

Consequentemente, seleções européias só alcançaram o posto máximo das Copas em edições realizadas no continente europeu: por exemplo, em 2006, na Alemanha, a Itália foi campeã, em 1998, na França, o país-sede ganhou o caneco e em 1990, na Itália, a Alemanha sagrou-se obteve o título mundial.

As seleções sulamericanas, as únicas campeãs com exceção das européias, não possuem, teoricamente, esses regras graças ao Brasil. Realmente, Uruguai e Argentina só foram campeões no continente americano, porém o Brasil já conseguiu o troféu tanto na Europa (Suécia em 1958) como em outros continentes.

Agora, essa escrita gera 2 notícias: uma boa e outra ruim. A boa é que as chances de título do Brasil aumentam se esses números se mantiverem, a ruim é que dizem que escritas servem para ser quebradas. Só podemos esperar o dia 11 de julho para saber qual das 2 notícias vai prevalecer.

Obs: Os próximos posts sobre a Copa sairão por rodada.

Marvel Studios: Homem de Ferro 2


Acho difícil pensar hoje na Marvel nos cinemas sem o sucesso que foi Homem de Ferro. Apesar de “O Incrível Hulk” ter sido bem legal como filme, o retorno não foi lá essas coisas. Não é à toa que, 2 anos depois da estreia do novo Hulk e do primeiro Homem de Ferro, só tenhamos uma continuação: a que dá maior garantia de bilheteria.

Isso é ruim? De jeito nenhum. Vendo o resultado final, “Homem de Ferro 2” é muito bem sucedido como filme, como blockbuster (ou seja: financeiramente falando) e como mais uma das bases de construção do Universo Marvel nas telas de cinema. E é esse último aspecto que vamos ver agora.

Tal pai, tal filho

Como um filme de origem, o primeiro Homem de Ferro apresenta os principais elementos que possibilitam o surgimento do herói. O que não resta dúvida após a primeira meia hora de filme é que o maior super poder de Tony Stark é ser ridiculamente rico e que ele deve isso ao seu pai, Howard Stark, criador das Empresas Stark. Mas, no geral, é só isso que ficamos sabendo sobre o antecessor de Tony e não nos preocupamos muito com ele porque, aparentemente, o espetáculo principal é o herdeiro que voa com uma armadura.

Porém, na continuação, Howard tem uma importância enorme na história. Ficamos sabendo que ele é o responsável pela ideia do gerador de energia que mantem Tony vivo e que motiva toda a busca por vingança do vilão. Não só isso, ele é quem dá as pistas pra que seu filho possa aprimorar ainda mais a tecnologia da bateria e salvar sua vida da infecção provocada pelo metal que a fazia funcionar. H. S. Cresceu tanto em relevância que Tony fala em um momento do filme: “Depois de tanto tempo e ainda continua me levando pra escola”.

E as relações entre Stark pai e o resto da Marvel também se expandiram. Lembram do logo das Empresas Stark no cilo criogênico do soro do super-soldado em “O Incrível Hulk”? Bem, dessa vez as coisas são mais diretas com Nick Fury (Samuel L. Jackson) dizendo com todas as palavras que conheceu Howard Stark.

Falando em ligações com outros filmes, já foi confirmado que H. S. estará no filme do Capitão América (Capitão América: o primeiro vingador, nome sugestivo né?), com ator já confirmado para viver o jovem pai de Anthony.



Escudos: piadas que viraram coisa séria

Talvez o mais legal em “Homem de Ferro 2” seja o fato de que não há mais preocupação nenhuma em esconder nada. Agora todo mundo sabe que o filme dos Vingadores está vindo e que Thor e Capitão América são os próximos da fila para as telonas e já temos a Shield entrando com pé na porta e tapa na cara (Nick Fury e Viúva Negra – ahhh, Scarlet Johansson... – como partes integrantes do filme). Então por que negar o que já não pode?

Acho que a melhor representação disso foi o escudo do Capitão América, que começou como uma piada dos produtores no primeiro filme e passou a ser levado à sério na continuação.

A presença dele causa polêmica por causa das perguntas que provoca: por que T. S. estaria com um protótipo de escudo na sua oficina? Será que ele já tem contato com o Capitão? Durante “Homem de Ferro 2” Steve Rogers já foi resgatado de seu estado de inconsciência no Ártico?...Coisas de fãs.



Boy Band superpoderosa

Outra coisa que não fica limitada a uma cena pós-créditos é o Projeto Vingadores, que mais uma vez é citado. A função da Viúva Negra no filme está muito ligada ao projeto: ela está infiltrada para avaliar se Tony Stark está apto ou não para integrar a equipe, e a decisão final deixa uma dúvida sobre qual será o papel de Tony no futuro filme dos Avengers.

Mjolnir está entre nós!

Sério, depois dos créditos de “Homem de Ferro 2” eu acho que nunca fiquei tão maluco e emplogado em toda a minha vida. Claro que o Fury aparecendo no primeiro foi foda, mas aquela cratera no meio do deserto ficou muito mais impressa na minha cabeça.

No meio do filme, quando Stark está tentando solucionar o problema com a armadura, o agente Coulson (olha ele de novo) sai de cena dizendo que teve uma chamada urgente para ir ao Novo México. Durante todo o resto do filme isso é completamente esquecido e você nem faz questão de lembrar. Mas ao final dos créditos sobe a imagem de um carro correndo pelo deserto com uma placo do Novo México. O agente Coulson para de frente para uma cratera, olha pra baixo, pega o celular (falando possivelmente com Nick Fury) e diz: “Senhor, nós encontramos”. A câmera de afasta e tudo que você vê depois (e tudo que precisa) é:


OBS: Thor estreia nos cinemas em Maio de 2011.




Livros

As fogueiras de Noethampton

Mais uma recomendação bem rápida, dessa vez de um livro e, se convencer, de todos os trabalhos do escritor dessa obra.

Antes de qualquer coisa, uma verdade incontestável: Alan Moore é O cara. Acho muito difícil encontrar tanto hoje quanto no passado alguém que conseguiu alcançar um nível de qualidade tão alto numa quantidade tão variada de obras, que vão desde livros até (em maior número) quadrinhos.

Depois de ter escrito obras-primas como “Watchmen”, “V de Vingança”, “Monstro do Pantano” e várias outras, o inglês barbudo fez seu primeiro debute nos livros com “A Voz do Fogo” e acerta incrivelmente como não poderia deixar de ser.

Em “A Voz do Fogo” (Conrad Editora, 331 páginas, preço sugerido de R$42,00) temos 12 contos que se passam, cada um, em períodos históricos distintos e com personagens diferentes, abrangendo uma linha temporal de que vai de 4000 a.C. À 1995 d.C. Mas como não poderia deixar de ser, todos esses capítulos auto-contidos, apresentam elementos em maior ou menor evidência que criam o elo entre os contos. O principal desses é o lugar onde as tramas se desenvolvem: a cidade de Northamptonshire, onde vive o próprio autor, que busca deixar claro durante todo o livro o quanto o lugar está cercado pelo bizarro, mágico, incompreensível e também pela maldade e escrotidão das pessoas que ajudaram a fazer da cidade o que ela realmente é.

Então, é com fogueiras, cachorros negros de olhos vermelhos e pés para fora da terra que Moore mostra como tudo de sujo, errado e irracional no ser humano e sua relação com o inexplicável serviu para estabelecer o que hoje é Northampton. O autor chega a se incluir na última parte do livro, mostrando que sua vida também não deixa de fazer parte dessa grande história que constrói em pouco mais de 300 páginas.

“A Voz do Fogo” é para ser lida várias e várias vezes não só pela sua grande qualidade mas também pela riqueza de particularidades e sutilezas na escrita. O primeiro capítulo, por exemplo, conta a história de um menino do neolítico após ser abandonado pela sua tribo narrada em primeira pessoa. E não é nada menos que impressionante ver todo o trabalho que o autor teve para construir a maneira como uma criança do ano 4000 a.C. enxergaria o mundo e se expressaria com relação a isso. Difícil de entender? Então leia um trecho de “O porco do bruxo”:

“E em cima de eu está muitas feras-de-céu, grandes, cinzentas. Devagar é se movimentam, que elas nem está com uma força em elas. Pode que elas querem comida, é como eu, quer o mesmo. Uma de elas está com vazio em barriga agora, cabeça de ela arranca e sai flutuando. Ela corre mais rápido para trás, quer pegar cabeça. Em baixo de céu é grama e bosque, vai até muito longe, é onde eu vejo outra colina. Depois tem só árvores pequenas que crescem onde mundo acaba.”

“A Voz do Fogo” é um livro para que merece ser dada uma chance. Não entra no lugar comum do mainstream e não tem medo de ousar dentro da sua proposta. Como não poderia deixar de ser quando se fala de Alan Moore, fica aqui uma muita justificada referência.

E vai subir a bola!!!!




Esportes

Os maiores campeões decidem a NBA....de novo!!!


Pela décima segunda vez na história Lakers e Celtics, com ampla vantagem para Boston que venceu 9 das 11 finais até agora disputadas.

Nesta final, que começa na próxima quinta, os Lakers tem a vantagem de jogar uma a mais em casa por causa da melhor campanha. Comparando com a última final entre eles, em 2008, os Lakers mantém Pau Gasol (essencial), Derek Fisher, competente e experiente armador, Andrew Bynum, que não jogou a final anterior por estar machucado, o que pode mudar o resultado neste ano. A maior diferença dos Lakers é Ron Astert: o ala dá aos Lakers uma linha de tês e arremessos de quadra mais poderosos, uma grande melhoria no trabalho defensivo, além, é claro, do espetacular, sensacional, simplesmente genial, Kobe Bryant. Kobe parece vinho: quanto mais velho melhor. Com uma pós-temporada sensacional, Kobe tem tudo para levar os Lakers ao seu 16º título e encostar de vez nos Celtics.

Os Celtics mantém o mesmo time de 2008 com uma diferença crucial: ao contrário de 2008 quando era apenas um coadjuvante, Rajon Rondo hoje é essencial e dita o rítimo dos Celtics. Ele faz uma espetacular pós-temporada e vai junto com Kevin Garnet, sempre importante defensivamente (tentando parar Gasol) e ofensivamente (com belos arremessos de quadra e pontos no garrafão), Ray Alen, com suas bolas de três ( que pode dar o titulo aos Celtics) e Paul Pierce (pra mim um jogador completo) tentar dar o 18º título aos Celtics. Deêm seus palpites!!!

Ps: Meu palpite, 4-3 Lakers fazendo valer os mandos de quadra.
 
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