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Toy Story 3



Uma coisa que eu sempre detestei quando se fala de cinema é esse estigma que muitas pessoas sustentam de que animações são coisa de criança. O pior é que procuram jogar todos os tipos de filmes desse gênero num mesmo saco e simplesmente vender como aquilo que você vai ter de aguentar algumas horas vendo, talvez nem achando tão insuportável assim, e o seu filho vai se divertir horrores assistindo. Se é assim, tenta colocar um moleque de 8 anos para ver “Akira” e vê se ele vai gostar.

Pode-se dizer que muita gente pensa assim porque realmente as produções de animação que chegam ao grande público são um entretenimento leve e meio bobo? Talvez, mas seria de mais dizer que isso vale para todos os casos.

A Pixar é o maior exemplo de que filmes com excelentes roteiros, personagens carismáticos e histórias emocionantes a ponto de te fazerem chorar são possíveis mesmo sem atores de carne e osso na frente de câmeras. O estúdio, hoje parte da Disney, iniciou sua caminhada nas telas em 1995 com o primeiro “Toy Story” e daí em diante seguiu com um currículo irretocável de filmes incríveis . E quando falo isso não quero dizer “filmes de animação infantil incríveis”, e sim simplesmente filmes excelentes, sem restrições ou distinções.

E nada mais próprio esse ano do que um pequeno post em homenagem não só a Pixar (que praticamente fez minha infância) mas também à franquia “Toy Story” que se encerrou nesse mês de Junho com seu terceiro filme.


Foi muito estranho para mim, assistir a um novo Toy Story depois de tanto tempo. Vi os dois anteriores várias vezes, mas nem lembro a última vez que ouvi um “Ao Infinito e Além !” antes dessa última semana. A estranheza veio primeiro do meu medo de, justamente após anos, achar que a menina dos olhos da Pixar não seria nada mais que um filminho divertido aos olhos de quem cresceu e está velho demais para esse tipo de coisa, e em segundo teve a surpresa de me ver me divertindo como a muito não acontecia com um filme. E “Toy Story 3” é uma obra de arte por isso.

Na história, Andy está indo para faculdade e tem que decidir o que fazer com o todos os brinquedos que ainda tem guardado desde criança no seu baú. Acaba que na arrumação para a viagem Woody, Buzz e cia. acabam indo parar na creche Sunnyside, onde são muito bem recebidos pelo urso de pelúcia Lotso. Porém, não demora muito para eles perceberem que Sunnyside não é o paraíso que aparenta e Woody mais uma vez precisa ajudar seus amigos a reencontrar seu verdadeiro dono.

E é fácil assim: “Toy Story 3” não deve nada como filme porque tudo que ele precisa para ser incrível do mesmo jeito que qualquer outra produção Pixar Animation Studios ele tem. O curta metragem “Dia&Noite” que antecede a produção é incrível pela maneira como consegue misturar técnicas tradicionais de animação 2D com o CGI, além de ser quase poética em certos momentos, tudo com uma simplicidade que faz saltar aos olhos. O roteiro é maravilhoso, toda o plano para escapar da creche no final do filme é algo digno de Coringa em “Batman: Cavaleiro das Trevas”. Os personagens, tanto os antigos quanto os novos, são muito bem trabalhados (algo incrível pelo fato de serem tantos) e tanto na história como em suas personalidades (o Ken e a Barbie são de chorar de rir sempre que aparecem).

Como se tudo isso não bastasse, ainda é inevitável ficar com os olhos marejados ao final do filme. Se “Up – Altas Aventuras” te derrubava logo nos minutos iniciais, “Toy Story 3” espera para fazer isso com um final perfeito e muito justo para quem estava lá, desde 95, vendo um vaqueiro se encontrando pela primeira vez com um astronauta bizarro.

Então eu só posso dizer que, se minha recomendação vale de alguma coisa, vá ao cinema (3D ou não), pague o ingresso (meia ou inteira), leve as crianças, namoradas, amantes, etc. Vai valer cada minuto e centavo gastos porque independente se você tiver 3, 30 ou 300 anos, a Pixar vai conseguir te fazer se sentir como se não precisasse se preocupar com um simples detalhe como idade.


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