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Mais um pra fila dos estragados



Acho que um dos hábitos mais sem sentido que eu sustento até hoje é ficar mega empolgado quando o mês de Maio chega. O começo da temporada de blockbusters se resume a eu cheio de expectativa pelos trailers dos filmes que iam estrear em poucas semanas, o fim era um gosto meio amargo na boca pela maioria de filmes maios ou menos que eu me forcei a ver nos últimos meses.

Meio que não adianta mesmo, é sempre assim. O pior é que a exceção desse ano, aquele filme realmente legal que te faz sair do cinema com um sorriso no rosto (todo ano tem um ou dois), foi logo a primeira a sair. Aí, depois de “Homem de Ferro 2” tivemos o que? Em “Alice no País das Maravilhas” substituíram o Tim Burton por um clone do mal que queria escrotizar quem era fã da carreira do cara. “Fúria de Titãs” já tem crítica no blog e eu não ia aguentar falar disso de novo, ainda estou me recuperando. “Sex and the City 2” passou longe por mim felizmente. De “Robin Hood” nem dá para falar porque nem assistir eu fiz. Aí chegamos a “Príncipe da Pérsia”...(suspiro)

Assim como para todos os filmes desses meses do ano, fui ver “Príncipe da Pérsia” com a melhor das vontades, sério mesmo. Sabia que não ia ter uma obra-prima da sétima arte e nem queria isso, só um pouco de diversão por algumas horas serviam para mim, mas nem desse jeito o filme desceu.
(naquela época era bem mais legal)

Com os nomes Disney e Jerry Bruckheimer no meio da produção, é óbvio que todo o lance de “quero ser Piratas do Caribe” está presente, e muito. Talvez isso nem seja a maior falha, apesar de não ter um Johnny Depp para cativar a plateia. A falha é não ter um personagem carismático.

O Dastan até que poderia ser pior. Jake Gyllenhaal não convence muito como príncipe malandro (não acredito que usei mesmo essa palavra) sempre com um meio sorriso na boca, mas não chega a ser galhofa como o empresário de avestruzes (???) interpretado por Alfred Molina, esse eu tenho certeza que só aceitou entrar no elenco porque estava precisando de uma grana para reformar o banheiro. Gemma Arterton fica na mesma de Gyllenhaal, formando com ele o casal mais punheta eterna da história do cinema. Nunca joguei a trilogia de games que inspira a história do filme, mas sempre escutei que o relacionamento de Dastan com Tamina era um dos pontos altos do primeiro jogo, com diálogos muito engraçados entre bons personagens (ah...se eu tivesse visto um filme assim).

A história é simples, até aí tudo bem. Mais se inspirando do que se baseando na franquia da Ubisoft, colocaram lá as areias do tempo, a adaga do tempo e um casal do barulho (leia-se: boring) se metendo em altas confusões. Tudo começa quando Dastan invade a cidade da princesa Tamina, sob suspeitas desta estar fabricando armas para os inimigos da Pérsia, e acaba ficando com a adaga do tempo, artefato sagrado que estava sendo guardado na cidade. A partir daí temos Dastan junto da princesa correndo para devolver a adaga ao seu devido lugar ao mesmo tempo que tenta acabar com os planos de seu tio Nizam para controlar o Império.

Não é a melhor das sinopses, mas coisas piores já deram filmes legais (alguém aí já viu Gremlins?). Mas o roteiro faz o espectador se sentir um idiota por ficar repetindo várias e várias coisas sem necessidade alguma. Por exemplo: quando Dastan usa a adaga pela primeira vez ele volta no tempo umas três vezes seguidas, mesmo assim ainda são mais quatro frases com ele dizendo o que acabou de fazer. Me senti meio incomodado com essa aparente necessidade de mostrar os personagens falando tudo o que estão fazendo ou fizeram.

As cenas de ação até que são divertidas, mas nem são tantas para que se esqueça o roteiro frustrante e se possa assistir ao filme como se fosse um videoclip estendido (se bem que com “Fúria de Titãs” foi assim e não deu certo). Não sei se ano que vem eu vou aprender com exemplos como esse, mas espero estar mais preparado quando for me encontrar com algo assim no futuro. Acho que a melhor sugestão é esperar o DVD de “Homem de Ferro 2”.

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