Cinema- Crítica
A verdade é que... EU SOU O HOMEM DE FERRO!
Os dois filmes do Homem de Ferro, juntamente com Batman Begins e Batman O Cavaleiro das Trevas, fazem um tremendo bem aos super-heróis. Essas produções lançam um novo fôlego a este universo dos quadrinhos, outrora marcado por homens indestrutíveis que se preocupavam exclusivamente em combater o vilão da vez. Tony Stark e Bruce Wayne, no entanto, humanizam seus personagens ao enfocarem também angústias e questionamentos universais a qualquer pessoa. Essa enriquecedora aproximação entre super-heróis e homens comuns faz os filmes crescerem consideravelmente.
Tratando especificamente do Homem de Ferro 2, esta obra transcende as outras películas cuja temática também são os quadrinhos. A continuação do sucesso de 2008 não se resume apenas a um filme de super-herói, mas alcança o patamar de um ótimo exemplar de longa de ação com conteúdo e adrenalina (a cena de Mônaco é deliciosamente bem feita) com tiradas cômicas inspiradíssimas (a cena do tribunal é hilária).
A sua história é também é um ponto positivo. Diferentemente de outros do mesmo gênero que são altamente dependentes dos efeitos especiais e sonoros, este Homem de Ferro 2 traz um roteiro mais consistente, ainda que não seja tão complexo e profundo, focado principalmente nas disputas políticas em torno da tecnologia detida por Tony Stark.
As atuações são, ao mesmo tempo, uma qualidade e um pequeno defeito desta produção. Mickey Rourke dá um show em cada uma de suas aparições como vilão, Sam Rockwell, como concorrente de Tony Stark, constrói um personagem infantilizado de primeira e Scarlett Johansson empresta todo o seu charme a uma Viúva Negra fria e calculista com excelentes cenas de luta. Porém, Gwyneth Paltrow não empolga nem um pouco e Don Cheadle parece não estar tão à vontade no papel de Máquina de Guerra.
Já Tony Stark e Robert Downey Jr. merecem um parágrafo só para eles. O primeiro é o super-herói mais original de todos, aquele que gosta de sua posição em virtude da fama e da idolatria dos fãs decorrentes de suas atitudes. E Robert Downey Jr. Acerta em cheio na composição de tal personagem, entregando a ele todo o sarcasmo, narcisismo e gaiatice necessários. Esse ator já representou nomes marcantes como Chaplin e Sherlock Holmes, mas, sem dúvida, Tony Stark é o trabalho da vida de Robert Downey Jr.
OBS.: Como se não bastassem todas essas virtudes, ainda existem, para deleite dos fãs de quadrinhos, algumas referências aos Vingadores, que estão por vir.
Nota: 8
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