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Jonah Hex


No final do mês de Julho chegou às bancas o primeiro encadernado da série de quadrinhos do personagem Jonah Hex. As histórias de faroeste do pistoleiro são pouquíssimo conhecidas aqui no Brasil e essa primeira edição pode ser um bom começo para quem se interessar por esse tipo meio bizarro.

Criado na década de 1970, Hex entra naquele clássico arquétipo do cavaleiro solitário que chega numa cidade no meio do nada para fazer justiça com as próprias mãos. Pode-se até dizer que ele mistura isso com um pouco do que temos hoje com o Wolverine: alguém que tem que viver com as cicatrizes de um passado obscuro. E isso vale até literalmente falando, já que a principal característica de Jonah é uma cicatriz horrível que cobre todo o lado direito do seu rosto, presente de um desentendimento com índios apaches.


O encadernado “Jonah Hex: Marcado pela Violência” reúne as seis primeiras edições da revista mensal norte-americana. Publicada de 2006 até hoje nos EUA o material demorou bastante para chegar aqui, mas aproveitando o lançamento do filme do personagem (que, pelas críticas não parece valer tão à pena quanto os quadrinhos), a editora Panini tenta engrenar aqui um título de pouco apelo e popularidade. E, depois de ler a edição, eu gostaria muito que desse certo.

São seis histórias fechadas, completamente independentes umas das outras que colocam o protagonista de frente às mais diversas situações. O plot das edições não é nada revolucionário, muito pelo contrário: segue a fórmula já muito conhecida dos bons filmes de western, desenvolvida de forma direta e simples pelos roteiristas Justin Gray e Jimmy Palmiotti e muito bem desenhada pelo brasileiro Luke Ross. Então, não escapam os velhos clichês de xerifes corruptos, aldeias em perigo ou buscas por vingança, mas nada que torne a narrativa entediante de se acompanhar. Infelizmente, só dispondo de 25 páginas para cada parte de “Marcado pela Violência”, não há muito espaço para desenvolver os personagens secundários, que muitas vezes são jogados na história sem muita finalidade ou tem até certo carisma mas são pouco explorados. Talvez o formato de contos fechados não tenha sido muito ideal e depois, com arcos de histórias mais longos, esses defeitos possam ser corrigidos. O que fica para os holofotes principais é o próprio Jonah Hex, que se mostra como um homem cujo passado o endureceu, mas ao mesmo tempo conseguiu fazer dele uma boa pessoa. Esse passado, aliás, também poderia ser mais explorado nas próximas edições.


E aproveitando que o assunto é western, logo abaixo tem algumas sugestões de filmes, livros e quadrinhos do gênero, algumas delas provavelmente vão ganhar posts próprios no futuro:

Filmes: acho que esse é o mais fácil de todos. Dá para indicar facilmente dois diretores que fizeram clássicos do cinema. Primeiro tem Sergio Leone com a trilogia do dólar (Por um punhado de dólares, Por um punhado de dólares a mais e Três homens em conflito/O bom, o Mau e o Feio) e a trilogia da América (Era uma vez no Oeste, Quando explode a vingança e Era uma vez na América). E tem John Ford (acho que toda filmografia dele é recomendada) com Rastros de Ódio, O homem que matou o facínora, Rio Grande e muitos outros. Fugindo dessa linha específica de diretores, há muitos outros bons filmes para se buscar, como Butch Cassidy e Sundande Kid, Bravura Indômita, Os Brutos também amam e o mais recente Onde os fracos não têm vez.

Quadrinhos: pode ser meio estranho mas a Itália tem uma tradição muito forte em quadrinhos de faroeste (os fumetti). Aqui no Brasil é muito fácil encontrar esses títulos que dificilmente decepcionam na qualidade como Tex, Zagor e, especialmente Mágico Vento.

Livros: a série da Torre Negra de Stephen King funciona para quem gosta de visões diferenciadas sobre gêneros clássicos. Misturando o western de Sergio Leoni com a Terra Média de Senhor dos Anéis, King cria uma bela ambientação para a sua Saga do Pistoleiro, que consegue prender a atenção por sete livros que mais parecem tijolos de canteiro de obras.

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