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Os Mercenários



Já é meio antigo aquele discurso sobre o quanto o cinema de Hollywood nessa última década tem estado simplesmente morto quando se fala de ideias novas e frescas. Os estúdios (obviamente) estão tão interessados no dinheiro da bilheteria que só se preocupam com a próxima adaptação de personagens de quadrinhos ou com uma nova trilogia de sucesso. Se isso é verdade eu não tenho a menor ideia, mas não acho que isso realmente importe. Uma vez eu ouvi o escritor Eduardo Spohr (A Batalha do Apocalipse) dizer que apoiava muito o uso de clichês para contar histórias, e eu concordo quando ele fala que as velhas fórmulas ainda podem dar em boas coisas se forem bem utilizadas. E falar de The Expendables (Os Mercenários) não é nada mais do que falar de fórmulas já muito repetidas no cinema.

E por que isso não é ruim? Porque, seja dirigindo, roteirizando ou atuando, Sylvester Stallone nos entrega exatamente o que prometeu: aquele filme à moda Sessão da Tarde dos anos 80 com violência, humor, violência, canastrice (nem isso é ruim no filme), violência e armas absurdamente gigantes e barulhentas. É aí o maior acerto da produção, quando prometeu voltar com a tradição do cinema brucutu dos Rambos, Comando para Matar e Stallone Cobra, ela dá exatamente isso para quem se dispôs a desligar o cérebro e se divertir como nunca.

O enredo não poderia ser mais “original”. Brucutu com cavanhaque de manolo (Stallone) tem alguns amigos que comeram tanta proteína no café da manhã quanto ele (a fina nata do cinema de ação dos últimos 30 anos... ok, talvez não tão fina assim: Dolph Lunfgren, Jason Statham, Jet Li, Mickey Rourke e outros tantos, com participações especiais de Bruce Willis e Arnold Schwarzeneger). Esse grupo faz alguns servicinhos básicos, que se resumem a matar quantidades enormes de pessoas armados em no máximo uma cena de ação de 15 minutos. Bom, o resto é meio chato de explicar (até porque nem importa muito) mas vendo o trailer você já sabe tudo que vai ver quando for ao cinema, nem mais nem menos.

A interação entre os atores é bem legal e garante momentos muito divertidos como a cena do encontro de Sly, Scharza e Willis e as piadinhas com a altura do Jet Li. Tem até um pouco de drama, na verdade é só uma cena, mas garantiu uma boa encenação de Rourke, que não faz mais nada o filme todo, mas conta como uma grande homenagem feita por Stallone para o ator e para esse gênero de filme em geral.

E Os Mercenários se trata basicamente disso: uma reverência a um jeito de fazer cinema (sim, porque até filmes brucutus tem seu valor) que hoje não encontra mais vez perto do grande público, mas quem sabe o resultado das bilheterias possa mudar isso. E se não der certo, pelo menos já temos agora um futuro clássico da Sessão da Tarde.

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