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Nepotismo? Não! O cara é foda!



Antes que alguém venha falar que Bruno Mazzeo só conseguiu a projeção que hoje ele tem por causa do fato de ser filho de Chico Anysio, deve-se saber o quanto esse comediante vem renovando o humor nacional com extrema qualidade. O humorista, ator e roteirista da nova geração já se destacava fazendo os roteiros de produções de sucesso do homur como Escolinha do Professor Raimundo e Sai de Baixo. Porém, o reconhecimento de seu talento e a consolidação de inúmeros fãs veio com a realização, no Multishow, do sitcom Cilada, em que ele atuou e roteirizou, que após 6 temporadas chegou ao fim, mas ainda pode ser visto no mesmo canal em reprises aos sábados às 22 horas, ou claro, pela Internet.

Esse sitcom também esteve durante o ano de 2009 em 14 episódios como um quadro no programa Fantástico da Rede Globo. Pena que a liberdade criativa de um canal na televisão a cabo não pode ser levada para a TV aberta, onde os cuidados com as piadas chegam ao excesso do chato politicamente correto. Bruno Mazzeo, então, não pode desfilar o seu peculiar humor ácido e inteligente na emissora global.


Mas do que se trata propriamente o Cilada? Para aqueles que ainda nem sequer desfrutaram de um singelo episódio, vai uma rápido comentário do conteúdo do programa: o foco é mostrar como momentos comuns do cotidiano podem ser transformados em situações problématicas, em verdadeiras ciladas. Para isso, em cada episódio são trabalhados temas e ambientes que todos nós podemos vivenciar como uma ida ao teatro, a chegada do Natal ou a reunião para comemorar um aniversário. Nesse esquema, acredito que os melhores episódios são os que falam da morte da tia Dirce, da volta à faculdade ou de erotismo (dentre os três, o destaque não poderia ser outro a não ser o episódio da Morte, simplesmente hilário a ponto de se mijar de tanto rir).

Essa organização durou 5 temporadas. Na 6ª e última temporada, houve alterações no estilo das apresentações: passou-se a mostrar como a vida de solteiro pode ser uma cilada. Para isso, Bruno Mazzeo se envolve, em cada episódio, com um tipo diferente de mulher, desde a Mulher Chiclete, a Mulher com Filho até a Adolescente. Apesar dessas mudanças, a série conservou o seu humor inteligente e cativante.

Dentro dessas temporadas, embora como vimos houvesse modificações, o que se pode notar como um elemento comum é o tipo de humor de Bruno Mazzeo, claramente o sinal de todo o seu sucesso. Ele não se prende ao politicamente correto e a uma comédia escrachada de torta na cara e outras palhaçadas desnecessárias como já se viu muito, quando pode mandar uma piada ácida, brincar com o senso comum, satirizar situações que todos nós podemos passar e claro soltar um palavrão ou algo de humor negro, ele não se priva de preconceitos.

A própria estrutura do seu sitcom ajuda muito. Humor rápido e ágil, convidados especiais bem sintonizados com o propósito do programa e claro a perfomance de Bruno Mazzeo em se transformar nos mais variados e engraçados personagens, desde os fixos e de maior destaque Alexandre Focker (uma paródia de Alexandre Frota) e Albênzio Peixoto (sátira aos antropólogos, vindo sempre com uma explicação confusa), até os eventuais como a Maria do Rosário Albuquerque etc., uma vedete rica que se queixa dos costumes das classes média e baixa.


Fica então aqui a minha dica: todas as produções de humor que aparecerem e contarem com alguma participação de Bruno Mazzeo, seja estrelando, produzindo ou roteirizando, tenha certeza que existe ali uma garantia de qualidade. Portanto, fiquem de olho no seu próximo projeto: o lanaçamento em outubro do filme "Muita Calma Nessa Hora", do qual é roteirista, co-produtor e com uma ponta como ator.

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