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Quem para essa seleção?


Uma medalha de ouro olímpica em Atenas 2004, oito títulos da Liga Mundial e três títulos do Campeonato Mundial. O balanço da era Bernardinho não poderia ser melhor e o último desses triunfos aconteceu no domingo dia 10 de outubro ao vencer na final Cuba por 3 sets 0 (25/22, 25/14 e 25/22) em Roma na Itália.

A caminhada brasileira, como já se viu em outras oportunidades, começou titubeante não conseguindo encaixar o seu melhor jogo e sofrendo duas derrotas, uma para Cuba e outra para a Bulgária (esse ultrapassando as questões técnicas será abordada mais a frente). De qualquer forma, o permanente bom nível da seleção a levou até a fases finais, onde aí sim precisaria render todo o seu potencial. E foi realmente o que se confirmou com as perfeitas atuações contra Itália na semi-final e na final contra Cuba. Especialmente no último jogo, o fator decisivo para a conquista, sem dúvida, foi a segurança saque-recepção-ataques responsável por abrir uma boa margem de pontos nos dois primeiros sets, quando o desequilíbrio foi maior e mesmo no terceiro set, em que passado o equilíbrio inicial o Brasil também conseguiu abir uma vontagem considerável que permitisse administrá-la até a vitória.

Nesses momentos decisivos vale, obviamente, ressaltar a excelente atuação do oposto Leandro Vissoto. Se nas fases anteriores, ele não esteve na sua melhor forma e tendo dificuldades em manter uma regularidade na virada de bola, nos confrontos contra Itália e Cuba Vissoto foi o grande destaque da equipe, sendo o maior pontuador em ambas as partidas. Méritos também para os desempenhos do levantador Bruninho e do meia de rede Rodrigão. Mesmo Dante e Murilo (este ganhador do prêmio de melhor jogador da competição pela sua regularidade e ótimas perfomances anteriores) não estando 100% tecnicamente em todos os fundamentos, o trabalho coletivo e, claro, as jornadas inspiradas de Leandro Vissoto compensaram tal fato.

Dado interessante foi a ausência de alguma seleção européia nessa decisão, situação bem rara nesses últimos campeonatos. Será o fortalecimento de seleções americanas como Cuba e EUA ( acredito que sua eliminação na 3ª fase pela Itália tenha sido uma zebra) e a manutenção do grande nível do Brasil ou uma crise das seleções européias? Embora ainda seja precoce formar uma tendência quanta a essa questão, julgo serem as duas opções bem plausíveis, chamando a atenção para o fato de que nenhuma seleção européia apresentou algo novo em seu jogo: Rússia e Polônia decepcionaram, a Sérvia chegou ao 3º lugar sem muito brilho e a Itália foi mais longe do que todos poderiam imaginar talvez muito mais pelo apoio da torcida.

Um único acontecimento pode, na minha opinião, machar essa brilhante campanha: entregar a partida contra a Bulgária. É verdade que o regulamento foi feito para beneficiar a seleção italiana e levá-la por um caminho mais fácil até as semi-finais. Também é verdade que esse favorecimento merecia um protesto, mas seria a derrota planejada para a Bulgária a melhor forma de protestar? Decididamente não. Protestasse antes do ínicio do torneio. Se por um lado o que foi feito para a Itália descumpria todos os valores morais e esportivos, o que foi feito pelo Brasil desrespeitava os torcedores e os valores éticos no esporte.

Apesar desse problema no jogo contra a Bulgária, o que deve ficar registrado é a campanha tecnicamente primorosa da nossa seleção e não um deslize esporádico, que deve ser bem compreendido para se evitar repetições. E por fim, a pergunta que abre esse post está ainda sem respotas. Sempre aparece algum candidato para derrubar a hegemonia brasileira no voleibol masculino, foi assim com a Sérvia, com Cuba e com a Rússia, mas nenhuma delas se manteve. Problema maior talvez seja os EUA, adversário recentemente mais complicado do Brasil que chegou a nos vencer nas últimas Olímpiadas, mas que ainda não conseguiu retirar o Brasil no topo do ranking. Torcemos, então, para que por muito tempo essa pergunta fique sem resposta.

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