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Festival do Rio parte 1: MicMacs- Um Plano Complicado



O Festival de Cinema do Rio terminou nesse dia 7 de outubro. Durante suas 2 semanas de realização, ele ofereceu mais de 300 filmes de diversas temáticas e nacionalidades, porém, mesmo com tantas opções, só terminei vendo 3 películas. O motivo: tempo e dinheiro jogaram contra mim. Enfim, os próximos posts irão analisar essas 3 produções: o argentino Viúvas Sempre às Quintas e os franceses Of Gods and Men e MicMacs. E começaremos a análise por este último.

Primeiro aqui está a sinopse: Bazil é um músico de rua, que teve sua vida destroçada pelas armas quando sua casa foi explodida por uma mina, deixando-o orfão e sem teto e quando anos depois foi atingido por uma bala perdida no crânio, que o deixou à beira da morte. Após sair do hospital, é apresentado a um grupo de moradores de ferro-velho local, cada um deles detentor de uma habilidade própria, que com a ajuda deles, elabora um plano para destruir a indústria de armamentos responsável pelos tristes fatos da sua vida. Esse resumo poderia indicar um drama calcado nos efeitos dessas tragédias sobre a vida do protagonista, ou um longa de ação marcado por cenas de adrenalina, perseguição e afins..., mas na realidade o que predomina em MicMacs é a comédia (mesmo com essa sinopse).


E a comédia reside justamente no tal plano para destruir a indústria de armamentos. A reunião do grupo que ajuda Bazil, bem ao estilo da franquia 11 Onze Homens e Um Segredo, compõe-se como um verdadeiro freak show de personagens bizarros, tendo atitudes bizarras e entrando em situações bizarras. Para aqueles que gostam, assim como eu, de filmes nada convencionais recheado de personagens excêntricos vão se divertir e muito com esse ótimo exemplar do cinema francês.

Outros aspectos da obra precisam ser levantados além do divertido elenco, em especial do talentossísimo Dany Boon. Jean-Pierre Jeunet, mesmo diretor de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, mantém no seu novo trabalho a direção ágil, uma montagem de grande eficiência, uma farta paleta de cores permeando uma direção de arte muito competente e toques de fantasia que podem beirar o exagero em alguns momentos, mas até assim partindo para um lado mais escrachado faz rir e convence.

Até mesmo podemos encontrar a abordagem de um tema sério e pesado como a indústria de armamentos feita de maneira leve e descontraída, tirando todo o peso melancólico que se poderia gerar ao tratar de tal questão. A crítica ao belicismo dos tempos atuais está lá, mas sem lançar mão de mensagens políticas e panfletárias.

Bem, se a pedida é por um cinema de qualidade, o que no caso julgo ser o francês o melhor na Europa, oferecendo bons e reais momentos de diversão (Hollywood poderia aprender um pouco aqui como fazer uma comédia escrachada sem apelar para o ridículo) e um cuidado técnico bem apurado deem uma chance para MicMacs. No começo, o estranhamento diante de tanta bizarrice vai ser normal, mas depois o que vai predominar será um ótimo entretenimento... incomum, mas um entretenimento bem feito.

Nota: 8

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